Capitulo 4 - O Laboratório
1ª
Parte
João
João
Já devia estar no meio da
madrugada enquanto João estava sentado no banco de traz da pick-up se
perguntando o que ele iria fazer a partir de agora, ou para onde ele deveria ir
e levar seus amigos. Ele era o mais velho com seus 20 anos e se alcoólatra o
responsável por todos nos momentos mais difíceis. Um pouco mais alto que
Carlos, ele tinha cerca de um metro e setenta quase um metro e oitenta, o
cabelo loiro bem curto com corte militar e uma cicatriz no rosto que marcava
desde sua testa até a bochecha passando pelos seu olho esquerdo. Uma marca de
nascença, ao menos era isso que ele queria que todos pensassem para
evitar que tivessem pena dele se ele revelasse que foi sua mãe bêbada que
havia cortado durante uma discussão com o pai de João pouco antes dele desaparecer.
Sua mãe tinha problemas com bebida, problemas que pioraram desde que seu pai desapareceu misteriosamente quando ele tinha 5 anos e no mesmo ano sua mãe o levou para
morar em Maxambomba na casa ao lado da casa de Carlos. Desde o desaparecimento
do seu pai ele passou a a ser o homem da família, e ele deveria agir como
tal para suprir o vazio deixado pelo pai, algo que mais tarde acabou tornando
sua mãe sempre pior por nunca se perdoar pelo desaparecimento de
seu marido, Charles Estrella. Algo havia acontecido entre seus pais no dia do
desaparecimento de Charles, disso João tinha certeza. Mas o que havia
acontecido? Era a pergunta que ele deixou de se fazer por muitos anos até
agora.
Ele não sabia porque
aqueles pensamentos sobre seus pais estavam o perturbando em meio tudo aquilo
que havia acontecido com ele num sábado que parecia ser apenas mais
um monótono e chato sábado.
— Ei João. Você tá bem? — Mariana
perguntou enquanto balançava seu ombro.
— Ah...ham Eu to legal. — João
respondeu um pouco desnorteado por ter acordado de seus pensamentos. — O que é que ele tá fazendo lá no
portão? — perguntou enquanto
olhava Mário que mexia em algo na fechadura do portão de grades.
— Tem uma corrente travando o portão. O sr. Mário vai cortar a
corrente com um alicate. — Carlos
respondeu sem tirar os olhos do portão.
— Mas o que foi que deu em você? Ele disse isso pra gente
antes de sair do carro. Você tá... — Leonardo
disse enquanto olhava para João com um sorriso no rosto.
— Leo! A gente já teve bastante emoção por hoje. Eu acho que
todos aqui temos o direito de viajar um pouquinho esperando que tudo isso seja
apenas um pesadelo. — Ana cortou
o que Leo estava dizendo deixando todos calados por alguns segundos.
— Olha gente, eu acho que ele conseguiu. — Carlos disse que se não estive ouvindo o
que Leo e Ana acabavam de dizer.
João abriu o vidro da
janela colocando sua cabeça do lado de fora para ver melhor o que estava
acontecendo e ele viu que Mário estava com um alicate enorme na sua mão
esquerda e estava jogando uma corrente de aço no chão. Logo o portão estava
aberto e Mário estava voltando para o carro.
— Vamos ver o que o pai to amigo de vocês estava tramando
aqui. — Mário disse enquanto
ligava sua pick-up.
No lado de dentro dos
portões não tinha nada que chamasse a atenção de João. Parecia apenas um
estacionamento comum como havia em todas as empresas. Ele saiu do carro e olhou
por todo o lugar.
— Você tem uma lanterna? — perguntou
para Mário.
— Sim. Tenho em uma mochila que está atras do banco do
carro. — assim que Mário
respondeu, João foi buscar a tal mochila. Ele encontrou três lanternas. Uma
ficou com ele, outra com Carlos e a terceira com Mariana. Mário tinha uma
lanterna que ficava presa na parte de cima de sua Shotgun.
A faixada de entrada
do prédio era grande e toda em azul e branco, as porta principal era
uma enorme porta de vidro e do lado dela tinha um leitor de cartão que
aparentemente era o que destravava a porta. Ele estava examinado de perto
aquilo e notou que estava ligado e o leitor continha a seguinte mensagem:
"356 CORDEL". João chamou Mário para ver se ele sabia o que aquilo
significava e assim q ele viu, ele correu para seu carro e pegou uma maleta no
porta luvas. Na maleta havia vários arquivos e no fundo da maleta um pequeno
envelope. Dentro daquele envelope tinha um crachá do laboratório MaxLotus com a
foto de Mário e no lugar de seu nome estava o mesmo que estava naquele leitor
de cartão.
— O que quer dizer esse 356 Cordel? — João perguntou para Mário enquanto
examinava o crachá.
— Bom! Cordel é meu sobrenome. Sou Mário Cordel. Prazer em
conhece-lo João Estrella.
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