Capitulo 2 - 5ª Parte
Mário correu até o lado de fora carregando sua Shotgun e examinou o
lugar, mas nenhum movimento. Ele olhou para cima e viu que os cabos de energia
se concentravam em algum lugar que ficava do outro lado além do
escritório. De repente surge novamente mais um barulho, que agora ele pode
identificar melhor, era um som parecido com um raio porem numa escala bem
menor.
Chegando até o lugar de onde o barulho veio ele pode notar uma espécie
de rede de enormes componentes elétricos interligados, parecia mais o
esqueleto de vigas de uma construção, um estranho zumbido o dizia que tudo
aquilo estava conduzindo uma enorme quantidade de energia e para
seu próprio bem ele melhor que permanecesse afastado de lá.
Ele olhou para baixo bem no fundo próximo a parede que separava
a subestação da rua e viu duas pessoas caídas no chão com os corpos todos
queimados. Provavelmente elas tocaram em alguma parte da estrutura e
sofreram uma descarga elétrica grande o suficiente para torra-las
vivas, se é que aquelas eram pessoas normais, mas algo o dizia que as duas eram
como aquela que ele havia encontrado mais cedo.
— Bom, se tinha alguma coisa viva aqui eu acho que essa corrente
elétrica aqui já se tratou de matar. — Disse Mário ao se virar e
seguir a caminho à sala do escritório onde ele havia deixado o homem que estava
gravemente ferido.
Ao chegar à sala de controle no escritório ele viu o homem ainda caído
no chão com a mão aberta e a arma que ele havia deixado estava jogada ao seu
lado.
— Ei, eu acabei de olhar o lugar e seja lá quem tenha feito isso
contigo já está morto. Agora vem comigo que vou te levar ao hospital pra cuidar
desse ferimento. — Assim que Mário terminou de falar, Jorge,
que permanecia imóvel o tempo todo, levantou a cabeça lentamente e
fixou o olhar em Mário. Mas dessa vez havia algo errado, algo estava diferente
nele, como se não houvesse mais vida em seu olhar. Sua pele estava bem mais
pálida do que antes, o sangue próximo ao seu ferimento agora estava
seco e sua boca estava se movimentando, mas não saiam sons, sequer palavras.
Jorge se levantou lentamente deixando a arma de lado, como se nem ao
menos soubesse de sua existência e com os olhos fixados em Mário como se fosse
um leão analisando sua presa antes de mata-la. E lentamente foi andando na
direção de Mário, com sua mão esquerda em cima de seu ferimento.
— Parado aí! O que você tá fazendo? — Perguntou Mário
assustado com os estranhos movimentos de Jorge enquanto apontava sua arma em
seu peito. — Não me faça fazer isso. Fique parado. — Jorge
continuou andando como se não estivesse entendendo o que Mário dizia.
Mário não se conteve e disparou um tiro no peito de Jorge, o que o fez
dar alguns passos para traz, mas continuou de pé e colocou sua mão direita
sobre os ferimentos causados pelo tiro e ficou olhando por algum tempo. Mas
logo ele tornou a olhar para Mário e tornou a andar lentamente em sua direção.
— Você se tornou um deles. — Disse Mário um momento antes
de disparar três tiros na direção da cabeça de Jorge. Os dois primeiros
atingiram e o derrubaram e já o terceiro foi direto num dos equipamentos que
estava atrás de Jorge o que resultou num enorme estrondo e uma série de
pequenas explosões em série destruiu maior parte dos equipamentos fazendo
com que toda a luz do lugar se apagasse. — Merda!
Mário correu para o lado de fora perto de sua pick-up e viu que tudo a
sua volta estava apagado. Ele entrou no carro disse. — Que merda é
essa que o Cláudio foi fazer. — ligou os motores — Não
importa! Quando chegar a casa dele ele vai me explicar tudo quer ele queira ou
não.
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