terça-feira, 23 de agosto de 2011

O Apocalipse Zumbi (post 3)

Capitulo 1 - O Início do Desastre

3ª Parte

Ana era considerada a mais madura do grupo, era também a segunda mais velha, com 19 anos. Ruiva com a pele clara e olhos verdes, tinha cerca de um metro e setenta e era um pouco magra.
Perdeu seus pais ainda muito nova e se mudou para Maxamboma para morar com os tios há cerca de oito anos. Foi quando conheceu Carlos. Os dois estudavam no mesmo colégio na época e não eram muito sociáveis com as outras pessoas. Falavam apenas o necessário para sobreviver socialmente. Até o dia em que foram obrigados a fazer um trabalho escolar em dupla, trabalho que garantiria sua aprovação naquele ano. Por não serem muito sociáveis, os dois acabaram sobrando e tiveram que fazer o trabalho juntos. Mas o que não esperavam era que ao final daquele trabalho acabaram se tornando grandes amigos. E por mais cinco anos eram somente os dois até o dia em que João se tornou vizinho de Carlos.
Enquanto João e Carlos estavam lá em cima, Ana resolveu verificar mais uma vez o lugar. Hugo tinha outro telefone lanterna, não muito bom quanto o que estava com Carlos e João, mas era o suficiente para iluminar pequenos lugares e assim foram Hugo e Ana olhando pela casa em busca de algo que os ajudassem a descobrir o que havia acontecido. Qualquer papel perdido ou anotação perto do telefone era válido.
Ana começou a verificar as gavetas do armário grande que ficava na sala da casa. Ela olhou todas as gavetas e nada, porem tinha uma gaveta que ficava trancada sempre, mas por algum motivo ela estava entreaberta. E Ana não pensou duas vezes antes de abri-la e encontrou uma pequena maleta na cor prata. Ela colocou a maleta em cima da mesa e logo em seguida abriu. Na maleta havia papeis, e uma pistola.
— Uma glock pt 380! — disse Leonardo. Ele era um fã de jogos de tiro e conhecia tudo que era tipo de arma.
— É melhor a gente guardar ela só por segurança — disse Ana.
— Tá maluca! Vai dar merda isso garota. — Hugo assustado logo cortando o assunto.
— Deixa comigo! Meu pai me ensinou a atirar no ano passado. Ele dizia que um dia todos precisam saber dar uns tiros. — veio Mariana de longe até eles.
— Tá bom! Mas tome cuidado, só use caso não tenha outra escolha. — disse Ana ao entregar a arma nas mãos de Mariana.
— Gente! Olha só isso. — disse Carla enquanto verificava os papeis espalhados pela maleta.
Era um documento com informações de uma empresa de pesquisas genéticas que tinha o nome do pai de Bruno como um dos principais responsáveis. No papel havia algumas poucas informações sobre alguma pesquisa secreta e algumas datas. Dentre elas estava o dia anterior, 13 de Agosto dito como o dia do teste final.
— Olha só gente. Aqui tem algo aqui mencionando alguma coisa que rolou ontem. — disse Leonardo apontando para a carta.
— Certo dia eu tava aqui com Bruno e passei por perto do escritório do pai dele pra buscar minha bolsa. A porta estava encostada e eu não pude deixar de ouvir uma estranha conversa que ele estava tendo no telefone. Ele dizia que estava quase pronto, e que logo o mundo todo estaria nos pés deles, provavelmente aquele com quem ele falava ao telefone.  E que aquele remédio faria deles muito ricos e que estava quase pronto. E que seria em Agosto o dia de apresentar tudo àquilo ao mundo. — disse Carla com uma expressão de preocupação em seu rosto.
— Não tô gostando disso. Acho melhor a gente ir pra casa. — disse Hugo.
— Cara essa parada tá ficando cada vez mais estranha. — disse Leonardo.
— E o que a gente faz agora? — perguntou Mariana olhando para Ana, até que todos logo passaram a a fazer o mesmo.
Ana ficou quieta por um tempo enquanto olhava nos olhos de cada um deles e disse — Acho melhor a gente ir voltar para a escada. João e Carlos já devem estar descendo
Todos ficaram quietos por um tempo enquanto olhavam uns para os outros sem saber o que dizer.
— Tem razão! — disse Carla.
— Cara, agora que me dei conta. Vocês não acham que tá tudo muito quieto lá em cima?  —disse Leonardo fazendo com que todos eles se paralisassem por um tempo.
Logo todos correram em direção à escada. Ana e Carla estavam na frente e ao chegar ao primeiro degrau elas pararam e trocaram olhares ao ouvir um estranho estrondo que surgiu do segundo andar seguido de um grito que era provavelmente de Carlos dizendo.  — Solta ele! — e sem pensar duas vezes todos subiram as escadas e foram em direção ao barulho.


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