quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O Apocalipse Zumbi (post 2)

Capitulo 1 - 2ª Parte

Carla era jovem, loira com olhos azuis, tinha 17 anos, com cerca de um metro e sessenta de altura e magra. Dentre os oito amigos era a mais próxima de Bruno, eles faziam quase tudo juntos.
Ela era a integrante mais nova do grupo, sua família se mudou pra Maxambomba há cerca de um ano, numa casa próxima à casa de Bruno. No início era um pouco tímida e não falava com ninguém, mas Bruno com aquele jeito descontraído e brincalhão logo se tornou seu grande amigo.
Até que um dia o grupo se reuniu num rodízio de pizza na pizzaria local e Bruno levou Carla, que desde então passou a fazer passou a considerar todos os que estavam lá seus amigos.
A noite estava fria e os sete andavam pela Avenida Neliel S. em direção à casa de Bruno enquanto um estranho silêncio tomava conta de todo o lugar fazendo com que quanto mais eles se aproximassem, mais a tensão aumentava entre eles. Depois de uma longa caminhada lá estavam, na casa de Bruno. Era uma casa grande com dois andares. Quando eles foram se aproximando da entrada, Leonardo notou algo e foi logo correndo em direção à porta principal.
— Que estranho! A porta tá aberta. E pelo estado da fechadura me parece que ela foi arrombada. — Disse ele fazendo com que todos trocassem olhares assustados ao receber a noticia.
— Gente, me parece que realmente tem alguma coisa errada aqui. Acho melhor entrarmos todos juntos. Alguém tem uma lanterna ou algo do tipo aqui? — Disse Carlos com certa preocupação.
Ninguém tinha uma lanterna, mas Hugo, por não gostar muito do escuro, sempre andava com seu telefone que tinha um indicador de LED que servia de lanterna.
O primeiro a entrar na casa foi João segurando a o telefone na mão esquerda iluminando o caminho, seguido por Carlos, Ana, Leonardo, Carla, Mariana, e por ultimo Hugo que estava numa posição 'estratégica' pois caso algo desse errado ele seria o mais próximo da saída na hora de fugir. Todos entraram sem fazer barulho pra evitar que seja lá o que estivesse lá dentro percebesse a presença deles. Até quando conversavam entre si eles sussurravam o mais baixo possível, talvez pelo medo ou apenas por cautela.
O primeiro cómodo da casa era a sala de estar, grande com dois sofás de couro branco voltados a uma TV de tela plana de 46 polegadas com uma mezinha de centro entre eles e uma poltrona no lado. Tudo parecia calmo, porém onde estavam Bruno e seus pais, Cláudio e Marta, a família Maximiliano? O pai de Bruno era difícil de encontrar em casa, ele era um empresário muito ocupado, mas a mãe dele estava sempre por lá quando os amigos se reuniam na casa de Bruno. Ela era uma dona de casa que parecia mais uma daquelas modelos da TV, loira com olhos azuis.
O primeiro andar da casa parecia não ter nada errado, eles checaram a sala, a cozinha, a dispensa e tudo lá parecia estar tranquilo apesar da escuridão e do misterioso silencio, tranquilo até demais. Os amigos foram em direção a escada pra subir até o segundo andar quando ouviram passos lentos e baixos vindo lá de cima. Todos ficaram paralisados pelo medo. João que estava à frente olhou pra todos e pediu que fizessem silencio antes de chamar Carlos para que subisse com ele na frente enquanto os outros esperariam na escada pra ajuda-los caso algo desse errado.
— Espera! Carlos, pega um taco de basebol que o Bruno sempre deixa jogado em baixo do sofá da sala. Isso pode te ajudar. — Sussurra Carla lentamente. E Carlos não pensou duas vezes e foi logo pegar.
Os dois estavam prontos para subir. A escada era larga o suficiente para que os dois subissem um ao lado do outro. E assim eles foram. Carlos segurando um taco de basebol nas suas duas mãos e João com a lanterna do telefone apagada e pronto para brigar com qualquer coisa. Ele era o melhor de briga entre todos. Já fez todo o tipo de luta, de judô a kung-fu e sempre que algo dava errado com os amigos ele era o primeiro a ir defendê-los.
Chegaram ao segundo andar e foram andando lentamente. João ligou novamente a lanterna, mas com sua mão bloqueando grande parte da luz vinda do telefone para não chamar muita atenção. Logo no final da escada tinha um grande corredor na forma de um L que parecia mais com um Hall de entrada com quadros, com esculturas e plantas espalhadas por todos os lados, além das primeiras portas que podia se ver. Uma isolada do lado direito era do quarto dos pais de Bruno e as outras duas do lado esquerdo, um quarto de hospedes e uma sala de cinema. No fim do corredor, na parte final do L onde não podiam ver sem que fossem até lá ficava a porta do quarto de Bruno, que era voltado para o quintal dos fundos da casa.
— Vamos primeiro até o quarto do Bruno — disse Carlos.
Quando eles chegaram perto da curva do corredor, ficaram parados esperando por algo. Mas nada acontecia. Logo eles pularam para o final do corredor, Carlos já apontando o taco de basebol ameaçando que for que estivesse lá e João mirando a lanterna. Mas não tinha nada. Porém a porta do quarto de Bruno estava aberta, de todas as portas que haviam visto naquele corredor aquela era a única porta aberta. Do corredor era possível ver quase todo o quarto de Bruno. Exceto pela parte onde ficava o armário, mas eles perceberam que a janela do quarto estava aberta. Eles entraram no quarto verificando logo os cantos dele, mas havia alguma coisa se mexendo por traz da porta aberta do armário de Bruno. João sussurrou o nome de Bruno por mais de três vezes, mas nada acontecia. O que estava lá não era Bruno e disso eles já tinham certeza.


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