terça-feira, 30 de agosto de 2011

O Apocalipse Zumbi - Post 4

Capitulo 1 - 4ª Parte

Mariana era a mais nova do grupo, com seus 16 anos. Ela estudava na mesma escola de Bruno e por ele acabou conhecendo João e logo o resto dos seus amigos. Era baixa com apenas um metro e cinquenta, morena com olhos castanhos e cabelos longos.
Ela mora em Maxambomba desde o dia em que nasceu. Sua família era uma das mais antigas da cidade, os Lima. Sua mãe, Marisa, era responsável por uma linha de lojas de roupas chamada Lima, e seu pai, Ricardo, era um policial antigo e respeitado entre todos. Ele morreu durante um assalto a um banco na cidade aos 37 anos, o que era considerado a maldição da família Lima. Desde o bisavô de Mariana, Marco Lima, todos os homens da família morreram entre os 30 e 40 anos. Seu bisavô foi um dos responsáveis por um grande golpe que reuniu outros nove homens muito dinheiro roubado. Ele gastou o dinheiro que obteve com o golpe e com o que sobrou foi morar em Maxambomba criando a linha de lojas de roupas que mais tarde passou a ser administrada pela mãe de Mariana.
O quarto de Bruno estava escuro e algo se mexia por traz da porta de seu armário enquanto João e Carlos se aproximavam dele. João segurou a porta para abri-la enquanto Carlos se preparava para reagir e acertar seja o que for que estivesse do outro lado com o taco de basebol. João rapidamente tirou a porta do caminho e iluminou com a lanterna. Havia um homem no chão mexendo em algo no fundo do armário que parecia não ter notado a presença deles.
— Ei senhor! Tá tudo bem aí? — João perguntou a ele enquanto o iluminava. Foi quando ele notou os dois que estavam em pé ao seu lado e olhou para eles.
Era um ser extremamente pálido semelhando ao que eles tinham visto mais cedo. Tinha os olhos amarelados com sangue escorrendo de sua boca além de seus diversos ferimentos espalhados pelo corpo. Mas o que assustou João e Carlos foi quando perceberam que havia uma faca atravessada pelo peito dele. Era um ferimento muito profundo e difícil demais de uma pessoa normal sobrevivesse. O homem pálido não falava nada, mas fazia um barulho estranho, parecia mais um gemido de sofrimento. Ele se levantou lentamente enquanto olhava fixamente para os dois.
— Mas o que é que você tá fazendo cara? Tem uma faca aí no seu peito! — Os dois perguntaram ao mesmo.
Lentamente João e Carlos andavam para traz evitando a proximidade com o homem pálido, que ao mesmo tempo ele andava lentamente da direção deles.
— Cara eu não aguento mais isso. — disse João antes de acertar o homem pálido com um gancho de esquerda.
Ele ficou um tempo paralisado sem mesmo mexer os olhos. Até que ele olhou para os dois com uma raiva que podia ser percebida apenas pelo olhar e começou a correr na direção eles e ao mesmo tempo ao perceber a movimentação do homem eles começaram a correr na direção do quarto dos pais de Bruno. Assim que abriram a porta do quarto e entraram, aquilo pulou em cima do João e tentando morde-lo e os dois caíram no chão derrubando uma mesa e fazendo um enorme estrondo.
— Solta ele! — gritou Carlos quando começou a bater nas costas do homem pálido com o taco de basebol, mas parecia que aquilo não o incomodava muito. Era como se ele não sentisse dor.
— Acerta na nuca. — gritou João enquanto lutava evitando que aquilo o mordesse.
Carlos reuniu toda sua força e acertou um golpe que feito numa pessoa normal seria fatal. Mas aquilo não fez nada além de deixar o homem um pouco desnorteado o que facilitou para que João o jogasse para o lado e se soltasse dele. De repente, Ana e Mariana aparecem na porta do quarto, seguidas de Carla, Leonardo e Hugo. Todos olhavam assustados para o homem jogado no chão que rapidamente estava se recompondo pra atacar novamente. Foi quando João pegou o taco de basebol da mão de Carlos e disse "Pode vir, coisa feia." Foi como se ele tivesse entendido o que João tinha acabado de dizer e ele acertou bem no maxilar do homem pálido com o taco de basebol a ponto de poder ouvir o barulho de um osso quebrando. Mas isso não o impediu e logo foi pra cima de João atacando. João o acertava com o taco de basebol, mas parecia inútil.
— Gente, vocês não tem alguma ideia melhor não porque até agora a gente não tá tendo muita sorte. — disse Carlos num tom de ironia e desespero ao mesmo tempo.
— Me parece que não temos outra escolha. — disse Ana para Mariana assim que ele terminou de falar.
Mariana sacou a pistola, mirou no peito do homem pálido e logo disparou um tiro. Atingiu na região do coração. Ele parou por um momento, o sangue começou a escorrer de seu peito, mas novamente aquilo parecia não ter feito algum efeito a ponto de derruba-lo. E foi andando na direção de Mariana apontando para a arma que estava na mão dela com sua mão direita. Ela se assustou e disparou mais um tiro, agora atingindo o ombro esquerdo dele, mas nada ele continuou andando.
—Na cabeça! — gritou João.
Mariana não hesitou e logo disparou um tiro no meio da testa do homem pálido. E ele parou de se movimentar e rapidamente caiu no chão.
Os três tiros ecoaram como se fossem três raios caindo no mesmo lugar fazendo um enorme estrondo por toda a vizinhança.
Todos ficaram paralisados por um tempo até que Leonardo disse:
— Gente! Mas que porra foi essa?
— Tava no quarto do Bruno. — disse João olhando para Leonardo.
— Mas quem é ele? — Ana perguntou.
Carla se aproximou do corpo caído no chão, olhou por um momento e disse — Eu já vi esse cara aqui uma vez. Acho que ele é do trabalho do pai do Bruno.
— Isso tá ficando cada vez mais estranho, gente. Vou dizer mais uma vez, melhor irmos pra casa e esquecer o que aconteceu hoje. — disse Hugo com uma voz fraca.
— Não! A gente tem que achar o Bruno — disse Carlos logo em seguida.
João olhou pro Carlos e disse  — Tem razão! É melhor a gente voltar logo pro quarto do Bruno. Pode ter mais algum desses por lá. — João concordou com Carlos.
— Cê tá maluco? — retrucou Hugo.
Voltando ao quarto do Bruno, que agora parecia calmo e desabitado, eles procuraram por mais pistas sobre o paradeiro de Bruno. Carla foi logo em direção à janela aberta por achar aquilo estranho. Ela sabia que Bruno não costumava abrir a janela do quarto porque quando ele não se esquecia de abrir, ele estava com o ar condicionado ligado, portanto a janela ficava sempre fechada.
Na janela do quarto do Bruno podia se ver o enorme quintal da casa e a piscina que ficava exatamente debaixo da janela. Sempre que todos iam a casa de Bruno eles costumavam pular pela janela na direção da piscina, até que a mãe de Bruno descobrisse e desse um enorme esporro em todos eles. Era sempre a mesma coisa. Carla notou que tinha um pedaço de uma camisa preso na fechadura da janela.
— É do Bruno. Eu conheço essa camisa. Fui eu quem deu de presente no ultimo aniversário dele. Era uma camisa de manga comprida verde. — disse Carla.
Bem lá no final da piscina perto do muro do vizinho eles notaram umas pegadas.
— Vamos lá ver! — disse Ana.
Chegando ao quintal dos fundos eles foram logo buscar as pegadas perto da piscina. As pegadas iam em direção ao muro dos fundos que dava nos fundos de uma padaria.
— Gente, vamos pular e ver o que tem lá. — disse João.
— Tá bom. Mas dessa vez nós vamos todos juntos. — disse Ana em seguida.
E todos pularam o muro.
Do outro lado era uma pequena área vaziam e sem nenhuma conexão com a parte da frente da padaria. A única maneira de chegar ao outro lado era passando por dentro dela. Leonardo examinou o lugar e disse
 — Se o Bruno esteve por aqui ele só pode ter passado lá por dentro da padaria. É a única saída.

Um comentário :

  1. Olha , gostei tabm , mas na hora que eles encontraram o zumbi dentro do armário, eu esperava pânico, e não um simples "— Ei senhor! Tá tudo bem aí?" era a primeira vez que eles viram, então, se eu encontrasse alguem todo ensanguentado, no escuro na casa de uma amigo meu, e com uma faca no peito, eu gritaria e saia correndo. kk .. mas ficou legal!

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